Mostra Competitiva de Curtas valoriza produção independente brasileira.
No primeiro dia da Mostra Competitiva de Curtas do II Festival de Cinema Transcendental, a sala Martins Penna do Teatro Nacional recebeu um público expressivo para conferir produções independentes de Brasília, Goiás e São Paulo. Os curtas “Seja Diferente”, de Luiz Vicente Braga (DF), “Dona Romana e o grande eixo da Terra”, de Paulo Rezende (GO), “O Medalhão”, de Ricardo Borges (GO), e “Sunday”, de Fábio Delai e Renne Castrucci (SP), representaram temas e abordagens distintas: luta contra as drogas, a fantástica história de Romana Pereira da Silva, considerada líder espiritual da Serra da Natividade, em Tocantins, a origem da Festa do Divino Pai Eterno e uma curiosa e divertida conversa entre um homem e uma mulher sentados num banco de parque em um domingo qualquer.
O público recebeu uma cédula para votar no seu curta preferido – como será feito até o encerramento da Mostra, na quinta-feira. As reações, como os temas, foram diversas.
“Gostei da Dona Romana, que é uma história que eu não conhecia, um curta genuíno e interessante, e também Sunday foram boas surpresas”, disse Euler Rodrigues.
Para Marcéia Vaz de Melo, que está acompanhando todos os dias do festival, Sunday foi bem emocionante, mas ela ressalta a importância de “Seja Diferente”:
“é uma campanha contra as drogas e acho que precisa ser mais difundido entre toda comunidade”.
João Mendonça, que teve uma impressão positiva sobre os curtas, falou sobre “Área Q”, que acompanhou na estreia do festival:
“Pra mim, em termos de transcendental foi demais. Minhas expectativas foram superadas no final do filme. Aquele recado tão direto para nossa atualidade me surpreendeu, foi muito bom. Tanto que eu tinha que sair cedo e não consegui, o filme esquenta e te prende ali”.
Na sessão principal, o público teve a oportunidade de acompanhar o longa “O Moinho e a Cruz”, do diretor polonês Lech Majewski. A partir do quadro “A Procissão para o Calvário”, concluído em 1654 pelo artista belga Pieter Bruegel, Majewski constrói um retrato belo e dramático da vida cotidiana em Flandres (hoje Bélgica) no século 17, época da ocupação espanhola. Típico cinema de autor, “O Moinho e a Cruz” revela cuidadosamente temas delicados como a religião, a violência, a sexualidade e, implicitamente, desde os conflitos internos dos personagens até a disputa de soberania. De fotografia majestosa e precisa, o filme é um convite para a reflexão sobre as áreas mais sensíveis da vida humana. Respeitado lá fora, Majewski é pouco conhecido no Brasil, fazendo com o que o festival traga a chance de conferir em tela grande obras de grande valor artístico e de acesso difícil no nosso país.
Autográfos
O segundo dia do Festival ganhou também a presença do autor e jornalista Saulo Gomes, autografando o livro “As Mães de Chico Xavier”, que mostra os bastidores do filme de mesmo nome que foi sucesso de público. Saulo, que tem mais de 50 anos de carreira jornalística, vivenciou e cobriu fatos fundamentais da história do Brasil e foi um dos primeiros a divulgar a obra de Chico Xavier na televisão. O autor estará autografando o livro também hoje e amanhã, de 19 às 22 horas.
Serviço:
2º Festival de Cinema Transcendental
Brasília (DF) – De 26 a 29 de março no Teatro Nacional – Sala Martins Pena
Ingresso: 2kg de alimento não perecível
Mais informações:
Estação da Luz – (85) 3260-5140
Frisson Comunicação: (61) 3964-8104
Site: www.cinematranscendental.com.br
Twitter: @ctranscendental
Fontes para entrevistas:
Lucas de Pádua – Coordenador do Festival
Luís Eduardo Girão – Diretor da Estação da Luz
Fernando Lôbo – Produtor da Estação da Luz
PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL PARA ESTA QUARTA-FEIRA (28/03)
19h – Mostra Competitiva de Curtas
- Espiritismo em Dança – Dir. Germana Carsten (Distrito Federal) – 25 min
- Insólito – Dir. Thiago Briglia (São Paulo) – 10 min
- Mediunidade Descoberta – Dir. Victor Hugo Santos (Distrito Federal) – 25 min
20h – Cartas Psicografadas por Chico Xavier
Sinopse
As dores das perdas de entes queridos e uma busca de um sentido para o fim da existência. Os dramas vividos por mães e pais que perderam filhos, irmãos, maridos e familiares e recorreram ao médium Chico Xavier como forma de alento e conforto à dor e receberam uma explicação espiritual para a morte através de cartas psicografadas, as quais estabeleceram os elos da verdade da vida após a morte. Um sentido para a passagem da vida.
O Filme
Documentário de longa-metragem baseado em depoimentos de dezenas de pessoas que procuraram o médium e dele receberam, através de cartas, contato com os seus entes amados. Os depoimentos foram registrados em São Paulo, em 2007.
Ficha Técnica
AS CARTAS PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER. Brasil, 2010. Direção/Roteiro: Cristina Grumbach. Elenco: Yolanda César, Nyssia Leão de Oliveira, Sonia Muszkat, David Muszkat, Marlene Saragoça, Theresa de Toledo Santos, Edinah Lodi, Armando Lodi e Piedade da Silva Chapela. Produção: Ciclorama Filmes/Crises Produtivas. 85 minutos.