“E a Vida Continua…” encerra o II Festival de Cinema Transcendental.

A noite de encerramento do II Festival de Cinema Transcendental contou com a exibição inédita do longa “E a Vida Continua…”, do diretor Paulo Figueiredo. O filme entrará em cartaz no circuito comercial apenas em agosto, e esta foi a sua primeira exibição pública oficial.

Também foram anunciados os vencedores da Mostra Competitiva de Curtas. No júri especializado, o prêmio de Melhor Curta foi para “Sunday”, de Fábio Delai e Renne Castrucci (SP). O troféu de Melhor Direção ficou com “Mediunidade Descoberta”, de Victor Hugo Santos (DF), que ganhou também o prêmio de Melhor Curta do Júri Popular.

Sucesso absoluto, o II Festival de Cinema Transcendental arrecadou duas toneladas de alimentos para doação e recebeu mais de 1.300 pessoas nos quatro dias de evento. A mostra segue agora para Fortaleza (CE), onde acontece entre 09 e 12 de abril na Sala Multiplex UCI Ribeiro do Shopping Iguatemi. Na capital cearense, o festival contará com a exibição dos filmes “Flor da Neve e o Leque Secreto” (Wayne Wang), “Uma Incrível Aventura” (Deborah Gardner-Peterson), “Tio Boonmee que pode revelar suas vidas passadas” (Apichatpong Weerasethakul) e “Área Q” (Gerson Sanginitto).

“E a Vida Continua…”

O filme que encerrou o festival é adaptado de um volume da série de livros “Nosso Lar”, psicografada por Chico Xavier e da qual a primeira obra ganhou adaptação cinematográfica em 2010, na direção de Wagner de Assis, e levou quase quatro milhões de pessoas aos cinemas. “E a Vida Continua…” conta a trajetória de Ernesto e Evelina, duas pessoas que vão descobrir uma ligação muito mais próxima e complexa do que poderiam desconfiar. O filme tem no seu elenco atores consagrados como Lima Duarte, Luiz Baccelli, Ana Rosa, Ana Lúcia Torres e Rui Rezende, além de apresentar Amanda Costa, como Evelina.

O diretor Paulo Figuiredo falou sobre o projeto: “Eu já tinha a idea de fazer esse filme há 30 anos atrás. Cheguei a fazer um script para teatro, mas pelas dificuldades técnicas, a complexidade do livro e o grande número de atores, ficou inviável.  Pensei em levar para a televisão mas achei que não era a hora. Até que em 2007, em parceria com a Federação Espírita do Brasil e o produtor Oceano Vieira de Melo, retomamos o projeto”.

Paulo, que tem uma carreira de 50 anos como ator e diretor na televisão e no teatro, contou que a seleção de atores acabou sendo algo intuitivo. “As pessoas foram surgindo, se aproximando de alguma forma e, quando eu vi, estava com o elenco pronto e não me decepcionei. Acho que todos estão muito bem nos seus papeis, as filmagens ocorreram num clima de muito interesse e muito amor”, explica.